sexta-feira, 11 de abril de 2014

Normalidade em cheque!


Apresentamos: Zé, um brasileiro!


O Canal do Nicolau tem a inenarrável honra, e por que não dizer um prazer quase metrossexual, orgástico mesmo, de apresentar um novo PERSONAGEM que irá dar suas opiniões redículas (por que usará as suas redes, como um homem-aranha ou um exibicionista de sobretudo), opiniões sobretudo sinceras sobre tudo, e, como vivemos numa democracia de bananas, tudo será alvo da sua astúcia de cachorro magro e vira-lata, como todo brasileiro (de certa forma!) se sente. Os que  assim não se sentem, talvez sejam aqueles que contribuem efusivamente e entusiasticamente pra que os outros se sintam.

Apresentamos: ZÉ, um brasileiro! de estatura mediana, que gosta muito da Joana. Mas nem ela nem as outras moças normais gostam dele. Só a Maria, uma paranormal, gosta dele. Talvez, porque ache que ele é um E.T.

Conhecemos o  nas ruas da cidade onde circula distribuindo poemas em  muros e murros imaginários em quem não compra seus poemas. Trazemos um pouco desses poemas pra a rede, sem compromisso de periodicidade, mas com a sinceridade e delicadeza estúpida de todo louco. Ele distribui poemas pra sobreviver, mas dá sua poesia de graça pra todo mundo, porque sabe que todo poema contem poesia, mas nem toda poesia tem forma de poema.

O Zé, um brasileiro! é simpático, falante, alegre e divertido como todo brasileiro. É do bem e nunca se considerou alvo de bullyng até o ano passado, enquanto não sabia o que isso significava (até o ano passado!). Quando soube, deixou de ser reticente e partiu pro ataque (do jeito dele é claro!) dando a cara pra bater, dando murro em ponta de faca e cabeçada na parede.

Como poeta sagaz, se considera um justiceiro solitário com as próprias mãos, escrevendo poemas nas ruas das cidades por onde passa. Passou a usar o um humor mais ácido e sentiu que suas frase amadureceram, a ponto de começar a receber elogios, sugestões, críticas, pedidos de casamento, de acasalamento e até ameaças de morte. Isso lhe dá um prazer insuportável, e sua maior realização é quando alguém pára diante de seus poemas, e dá um sorriso, sem que nem imagine que foi ele quem criou e vai embora. Isso é o máximo! aí, ele pede dinheiro, se a pessoa não dá e manda ele tomarnocú, ele quer dar porrada. Mas, como ele é um cara do bem, só dá mais uma cabeçada na parede e vai embora.

Senhoras e senhores, agora, por gentileza, ouçam a vinheta dos clarins com toda pompa e circunstância: com orgulho, apresentamos: Zé, um brasileiro!